Grande produção em escala, grande aceitação dos empresários foram os ingredientes do sucesso do Gabriela, que chegou até a ser exportado. |
Tudo bem pessoal?
Vamos comentar na curiosidade de hoje sobre o Caio Gabriela, uma das primeiras carrocerias a virar um grande sucesso
O fenômeno
Grande sucesso nacional destinado para
o segmento de carrocerias urbanas, a Caio teve a felicidade de produzir uma
carroceria de grande aceitação nacional, denominada Gabriela. Lançada em 1974 e
última versão a ser produzida na fábrica de Guaiaúna no bairro da Penha, SP,
ainda é possível rodar pelo Brasil e observar algum Gabriela rodando por aí,
muito longe de se aposentar. Inicialmente construído em estrutura de ferro, o
Gabriela vem suprir um mercado em expansão e modernização imposto pelo grande
fluxo das cidades e capitais brasileiras.
Idealizado por Luís Massa e sua brilhante equipe
de projetistas, a carroceria ganhou facilmente a preferência pelas empresas
urbanas brasileiras. Com traços do antecessor Bela Vista, a unanimidade foi
conquistada pelo baixo custo de manutenção da própria carroceria. Toda empresa
brasileira em seus primórdios teve um Gabriela em sua frota. Tinha uma forte
característica: vidros panorâmicos e opções como poltronas estofadas e fiberglass.
Revestida em chapas de alumínio, o modelo ainda tinha como opção a versão alumínio, diferenciando o mercado como o Rio de Janeiro, João Pessoa e cidades litorâneas. De toda a produção da Caio, o Gabriela correspondeu a 75 % do total de carrocerias produzidas dentro da fábrica paulistana.
Revestida em chapas de alumínio, o modelo ainda tinha como opção a versão alumínio, diferenciando o mercado como o Rio de Janeiro, João Pessoa e cidades litorâneas. De toda a produção da Caio, o Gabriela correspondeu a 75 % do total de carrocerias produzidas dentro da fábrica paulistana.
A robustez e o fácil encarroçamento aos chassis
disponíveis no mercado doméstico, a versão permitiu a própria Caio a
diversificação partindo do mesmo modelo, surgindo assim opções para construção
de carrocerias voltadas para o rodoviário e intermunicipal. Não é difícil de
verificar pela imensidão territorial do Brasil, alguma unidade do Gabriela
ainda em circulação, principalmente na área rural.
CAIO Gabriela II: um ícone a serviço do transporte urbano dos anos 70
Na metade da década de 70, a
encarroçadora paulista Caio reeditava a versão II (com introdução de
alguns itens de aperfeiçoamento) do Gabriela, que depois do modelo
urbano Jaraguá da década de 60, emplaca seu maior sucesso. Tanto
estruturalmente como campeão em vendas, a carroceria urbana patenteou a
preferência nacional, sendo destaque nas principais empresas do setor, e que
até a data de hoje, continuam a trafegar pelo país afora.
As mudanças começaram com a montagem do Gabriela de estrutura de
alumínio e de ferro. Por isso a sua grande expansão, de norte a sul. Outra
vantagem do Gabriela era a facil adaptação para ser encarroçado nos diversos
chassis de ônibus que existiam na época.
A versão básica urbana (com motorização dianteira) e até
mesmo os primeiros ensaios como articulado (e o pioneirismo com essa configuração) , foram iniciados pela carroceria que
dominava o mercado na faixa de atendimento as cidades e algumas unidades mistas (que serviam ao fretamento de curta e média distância). As montagens alongadas (que era prática na época de aproveitar o comprimento
permitido do ônibus) também eram comuns na fábrica da
antiga empresa, localizada na zona leste paulistana.
A Caio então apresenta um articulado
diferenciado para atender a capital paranaense. O Gabriela passa a receber um
rebaixo no "boné" frontal da carroceria e a marca
determinada "Gabriela Itaipu" (este último nome mostrando a
força da maior hidrelética do mundo). Mas o sucesso foi mesmo com o
Gabriela II (apresentado no ano de 1977) com vendas
significativas de 3700 unidades (urbanas, rodoviárias, intermunicipais
e especiais). cujo produto foi originalizado em 1974 na versão I.
Somente no ano de estréia do Gabriela II, o
modelo representou 44% do mercado de carrocerias naquele ano, cujo total de
ônibus fabricados foram de 8886 unidades. Das fábricas do bairro da Penha-SP,
da Caio Norte de Jaboatão-PE e da Caio Rio(ex- encarroçadora Metropolitana) foram
palcos de montagens do Gabriela II, até os dias de hoje, o maior sucesso
produtivo e um "nato campeão" de vendas
da fabricante.
Sua produção se encerra com o lançamento do Amélia, mas aí é história para outro dia...
Fonte: Inbus Transport
Um comentário:
Um grande clássico! Tive a oportunidade de andar em muitos na minha infância, e recentemente na cidade de Paraíba do Sul - RJ. Ajudou e muito a consolidar o nome da Caio como grande encarroçadora. Parabéns pelo texto!
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