quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Curiosidades da Cometa



Olá pessoal,

Lembram de um post onde contei a história da Viação Cometa? Pois é, acabei nesses dias encontrando umas curiosidades a respeito da mesma e gostaria de compartilhar com vocês.

Morubixaba Reencarroçado

Nenhum GM PD-4104 ("Morubixaba") jamais foi re-encarroçado, mesmo o carro prefixo 529, acidentado na Serra das Araras em 1967 que foi reformado e colocado em operação posteriormente. Dos carros re-encarroçados pela Cometa, podemos citar o prefixo 550 que era originalmente um Imperial (GM PD-4102) da Expresso Brasileiro, foi reformado e ganhou frente de Striulli (igual às usadas pelos GM PD-4104). Tempos depois foi re-encarroçado com uma carroceria similar à dos GM PD-4106 (a mesma dos Striulli Silverjet).

Fonte: Wilson R. Miccoli

Acervo do Dr. Arthur Mascioli

Ao longo dos anos, o Dr. Arthur Mascioli, herdeiro do fundador da Viação Cometa, adquiriu veículos para uma coleção particular de ícones do transporte rodoviário brasileiro. Guardados dentro de um galpão particular, a coleção dispõe de:

- 2 (dois) GM PD-4104 1953 ("Morubixaba") com motorização GM/Detroit Diesel 6V-71 com ar condicionado (prefixos 502 e 522);

- 1 (um) Flxible Vista Liner 100 ("VL-100") com a pintura da Expresso Brasileiro (prefixo 601);

- 1 (um) CIFERAL Papo Amarelo sobre chassis SCANIA B-75 1961 (prefixo 801, primeiro chassis SCANIA da Cometa);

- 1 (um) CIFERAL Líder ("Turbo Jumbo") sobre chassis SCANIA B-76 1968 (prefixo 2301);

- 1 (um) CAIO Gaivota sobre chassis Mercedes-Benz O-355/6 (provavelmente 1973/1974, ex-Única posteriormente repassado para Águia Tour do grupo TUCA de Campinas) pintado com o esquema da Única (prefixo 600). Comenta-se que este carro na realidade pertenceria ao sócio da editora OTM (editora responsável pelas revistas Transporte Moderno e Technibus), e que teria sido comprado todo original da Itapemirim quando esta adquiriu a Única do grupo CAIO (a estadia do carro no galpão seria apenas um favor).

- 1 (um) CIFERAL Dinossauro sobre chassis SCANIA BR-115 Super 1972/1973 (prefixo 3101, primeiro CIFERAL Dinossauro não-protótipo da empresa);

- 1 (um) CIFERAL Dinossauro executivo sobre chassis SCANIA BR-115 Super 1975 (prefixo 3451);

- 1 (um) CMA Flecha Azul sobre chassis SCANIA K-112 1983 (prefixo 5100);

- 1 (um) CMA Flecha Azul II sobre chassis SCANIA K-112 1984/1985 (prefixo 5500);

- 1 (um) guincho Diamond-T na pintura da Cometa;

- 1 (um) caminhão Ford Hércules 1940 na pintura da Cometa (comprado 0 km pela Viação Jabaquara, embrião da Cometa);

- 3 (três) guinchos SCANIA "Jacaré" L-75/L-76;

Fonte: Wilson R. Miccoli

Bocais de Arrefecimento

Após a compra da Viação Cometa pelo grupo JCA, a empresa reformou alguns Flechas e nessa reforma, removeu a tampa de abastecimento do sistema de arrefecimento do lado externo do veículo. O engenheiro de manutenção da empresa não gostava dos bocais pois ele queria que o líquido de arrefecimento fosse colocado exclusivamente nas garagens, a fim de que não fosse colocado apenas água. No entanto, a mistura do líquido de arrefecimento com água (sendo que o correto seria a utilização de água destilada ou deionizada) tem uma vida útil de aproximadamente 12 meses e não da maneira como o procedimento passou à ser adotado pois a manutenção apenas completa o nível sem realizar a troca periódica. O resultado desta alteração resultou em muitos veículos "ferverem" por falta d'água, além de dificultar a colocação da água, ocasionando a necessidade da criação de um dispositivo especial para tal.

Fonte: Dr. Lambros Katsonis

GM PD-4103 com ar-condicionado

O GM PD-4103 prefixo 550 era o único veículo GM com motorização Detroit 6V-71 que possuía ar-condicionado além dos GM PD-4104 ("Morubixaba"). Tratava-se de um ex-Imperial da Expresso Brasileiro.

Fonte: Wilson R. Miccoli

GMC ODC-210 na Cometa

A Cometa adaptou alguns GMC ODC-210 urbanos para o uso rodoviário. Alguns carros receberam "silversides" (laterais em chapas estriadas prateadas) bem como janelas de monobloco Mercedes-Benz O-321H.

O uso de veículos fabricados pela General Motors (GM) na Cometa encerrou em 1973, quando a empresa aposentou os GM PD-4104 ("Morubixaba"). Os GMC ODC-210, encarroçados com carroceria CIFERAL Lider ("Jumbo G") foram aposentados um ano antes, em 1972, quando faziam as linhas para Jundiaí e Campinas, vendidos para a Líricos e Domínio (empresas de fretamento).

A C.A.T.C (Companhia Auxiliar de Transportes Coletivos), braço urbano da Cometa em São Paulo, teve inúmeros GMC ODC-210 originais, encarroçados com carrocerias Grassi e Striulli (frente de vidro, Cityrama), todos aposentados em 1969. Em determinado dia daquele ano, com a chegada de novos monoblocos Mercedes-Benz e Massaris encarroçados sobre chassis FNM, os GMC ODC-210 foram estacionados do lado de fora da garagem. Impossibilitados de ficarem por ali por muito tempo, foram transferidos para um terreno em Sapopemba aonde permaneceram por 3 meses até que misteriosamente sumiram. Especula-se que tenham sido vendidos para a Citral (do sul do país).

Fontes: Wilson R. Miccoli e Roberto Zulkiewicz

Veículos "Filhos Únicos"

A Cometa teve ao longo da sua história alguns veículos filhos únicos, todos utilizando a série 20XX:

-2002: CIFERAL Dinossauro sobre chassis SCANIA BR-115 Super, tratava-se de um ônibus executivo com ar condicionado e 4 lanternas de cada lado atrás;

-2003 à 2006: não conhecido;

-2007: Marcopolo II sobre chassis SCANIA BR-115 Super, ano 1972/1973, provável carro de testes da SCANIA. Esse veículo se envolveu em um engavetamento com vários veículos, ficando com a frente totalmente destruída e caído em um barranco. Anos mais tarde, em 1978, o mesmo veículo foi repassado pela SCANIA para a Única Petrópolis. A pintura lateral dele era idêntica à pintura usada pelo CIFERAL Dinossauro 3101;

-2008: tratava-se de um pré-CIFERAL Dinossauro, sobre chassis SCANIA BR-115 Super, também ano 1972/1973, era um CIFERAL Líder com frente de CIFERAL Dinossauro e traseira mais alta, similar à utilizada pelo Turbo Jumbo C. Esse veículo foi exposto no Salão do Automóvel de 1972, no stand da CIFERAL. Poucos meses depois, em janeiro de 1973, esse veículo trafegava pela Dutra quando bateu na traseira de um caminhão (nas proximidades da garagem da Viação Itapemirim em Guarulhos) e tombou em um barranco na lateral da rodovia;

-2009 à 2013: não conhecido;

-2014: CIFERAL Líder sobre chassis SCANIA BR-110 importado da Suécia, ano 1968/1969, tratava-se do Jumbo C, primeiro chassis SCANIA com motor traseiro encarroçado no Brasil, porém com chassis importado;

-2015: Nielson Diplomata "Clipper" (ou "Grade de Prata"), ano 1966, sobre chassis SCANIA B-75 (posteriormente repassado à Impala com prefixo 220);

-2016 à 2021: não conhecido;

-2022: Nielson Diplomata 1970 sobre chassis SCANIA B-76;

Fontes: Wilson R. Miccoli, Dr. Lambros Katsonis, Lineu Carneiro Saraiva

Cometa em Amparo e Águas de Lindóia

Desde quase seu início a Cometa operava a linha entre São Paulo e Águas de Lindóia, que passa em Amparo. Em 1966, a Cometa assumiu as linhas da Rápido Serrano, dominando o transporte na região. Nos anos 70, foi criada uma nova Rápido Serrano, operada por Nabi Abi Chedid, que ficou com todas as linhas da Cometa na área. Houve então um acordo de cavalheiros (João Havelange era muito amigo de Nabi, inclusive com relacionamento no futebol), trocando algumas linhas à fim de concentrar a operação de cada uma em determinada região. Na mesma época da cisão da Rápido Serrano (anos 60), houve uma cisão do setor da Baixada Santista que daria origem à [[Ultra S/A]] e a perda da linha São Paulo x Itapira para o Expresso Cristália.

Fontes: Hélio Freitas e Dr. Lambros Katsonis

Acidente na Serra das Araras

No início de 1967, uma inédita tromba d'água atingiu a Serra das Araras, no caminho para o Rio de Janeiro, causando a maior tragédia rodoviária do Brasil, vitimando fatalmente mais de 300 pessoas. A enxurrada desceu a Serra levando tudo que encontrava pela frente, ônibus, caminhões, carros, lama, até o final da descida. Devido à gravidade da catástrofe, as 2 pistas da Rodovia Dutra demoraram 3 meses para serem re-construídas. Hoje, em Ponte Coberta, no início da subida da serra, existe uma cruz de 10 metros de altura que marca aonde foram encontrados a maior parte dos corpos e veículos empurrados pelas águas. Na subida da Serra, como no km 223, a ponte que foi levada inteira ainda pode ser vista por quem passa no local. O número oficial de vítimas é incerto pois muitos corpos jamais foram encontrados (devido ao soterramento), porém estima-se em 1.700 mortes. Entre as empresas de ônibus envolvidas, estava um Morubixaba (GM PD-4104) da Viação Cometa prefixo 529. O motorista pediu que todos os passageiros deixassem o ônibus porém um estrangeiro recuou-se à deixar o veículo - poucos minutos depois, uma enorme pedra rolou, caíndo sobre o ônibus. O carro foi resgatado e totalmente reformado, retomando suas atividades algum tempo depois.

Fonte: Dr Lambros Katsonis

Nielson Diplomata na Cometa

Diferente do que muitos pensam, a empresa já possuiu um modelo Nielson Diplomata em sua frota. Prefixo 2022, o veículo tinha carroceria Nielson Diplomata sobre chassis SCANIA B-110, ano 1970, e era o carro reserva (da linha para Curitiba) que ficava estacionado no Posto Buenos Aires (atual Graal), na cidade de Registro. Era comum entre os motoristas críticas ao modelo pois diferente dos outros carros da Cometa (CIFERAL com carroceria em duraluminio), o modelo tinha carroceria de aço, o que tornava o carro mais pesado e com péssimo desempenho em subidas. Entre 1970 e 1971, o carro foi deslocado para operação regular na linha Sâo Paulo - São Carlos - Araraquara.

Antes desse modelo, a Cometa também possuiu um Nielson Diplomata ano 1966, prefixo 2015, que foi repassado para a Impala (prefixo 220).

Fontes: Wilson R. Miccoli e Lineu Carneiro Saraiva

CMA's "0 km" na Impala

Os leitos CMA Flecha Azul II da série 80 foram encarroçados e colocados em operação diretamente na Impala, caso do carro 8028 (placa YA-8028). Como a Impala não possuía muitos horários leito, os carros foram prefixados seguindo a sequência dos carros leito da Cometa.
Fonte: Wilson R. Miccoli

Os "Bateau Mouches"

"Bateau Mouches" era um apelido informal dos CIFERAL Dinossauro sobre chassis SCANIA BR-116 dado pelos funcionários da empresa, provavelmente em referência ao tamanho do veículo. "Bateau-Mouche" vem do francês (barco-mosca), e denota um tipo de embarcação desenhada para servir como plataforma de visita turística, navegando em águas abrigadas (habitualmente rios), em que o convés superior é aberto ou tem uma cobertura transparente, para os passageiros poderem apreciar a paisagem. Os mais conhecidos são os que circulam no rio Sena em Paris, e de onde a designação originalmente apareceu. Na verdade, o termo é uma marca registrada da Compagnie des Bateaux Mouches, a principal operadora deste tipo de embarcações no Sena. No Brasil, no ano novo de 1989 houve um acidente com um Bateau Mouche turístico que naufragou nas águas da baía de Guanabara. Tratava-se de um antigo gaiola à motor utilizado no rio Amazonas que fora modificada com o acréscimo de dois andares e de um terraço suplementar. Embora estivesse regularizada pelas autoridades competentes, ao se deslocar para fora da barra da baía de Guanabara para assistir à queima dos fogos na praia de Copacabana, a embarcação deparou-se com ondas pesadas, vindo a adornar. A rápida e acentuada movimentação de carga nos andares superiores acabou causando o naufrágio, vitimando fatalmente 55 pessoas (das 142 à bordo), entre elas a atriz Yara Amaral.

Fontes: Wilson R. Miccoli e Veja São Paulo

Major Tito: A distância e a maior linha da empresa

Logo que abriu a empresa, Major Tito Mascioli havia definido que só iria atuar em um raio de 600 km da matriz (ou seja, até 1200 km de extensão tendo a matriz como epicentro), pois acima dessa distância, o passageiro seria do avião devido à impossibilidade de manter uma estrutura de atendimento tão grande.

A maior linha da empresa é a linha Belo Horizonte x Curitiba, com 993,6 km de distância e viagem com duração de 14 horas e 31 minutos. Após a compra da empresa pelo grupo JCA, a troca do motorista passou à ser realizada na cidade de Camanducaia (MG). Algum tempo depois passou à ser em Itapeva (SP) e atualmente é feita em São Paulo (SP), na garagem Vila Maria. Antes da compra da empresa, o carro parava na garagem da Vila Maria (em São Paulo) para abastecimento e limpeza.
Fonte: Wilson R. Miccoli

Códigos de cidades

Algumas empresas rodoviárias seguem as siglas da IATA para as cidades mas não é o caso da Cometa, mesmo tendo sido fundada por um aviador.

A Cometa usa CPN, SJR, CTB e ITP, por exemplo, para indicar Campinas, Rio Preto, Curitiba e Itapetininga. Na IATA, tais siglas representam Cape Rodney (Papua-Nova Guiné), San Juan de Uraba (Colômbia), Cut Bank (Montana, EUA) e Itaperuna (Rio de Janeiro), respectivamente. Os códigos IATA seriam CPQ, SJP e CWB para as três primeiras cidades. Itapetininga não tem código IATA. Abaixo, relação de siglas usadas pela empresa:

SAO - São PauloRIO - Rio de JaneiroBHZ - Belo HorizonteCTB - CuritibaCPN - CampinasJDI - JundiaíSTS - SantosSVC - São VicentePGD - Praia GrandeRAO - Ribeirão PretoAQA - AraraquaraCTV - CatanduvaSJR - São José do Rio PretoFRC - FrancaLRN - LorenaMGC - Mogi GuaçúMGM - Mogi MirimPIR - PirassunungaSJB - São João da Boa VistaSRP - Santa Rita do Passa QuatroLIM - LimeiraAPR - Águas da PrataITP - ItapetiningaSRQ - São RoqueTAT - TatuíSCB - SorocabaSJC - São José dos CamposRES - ResendeJDF - Juiz de ForaPCS - Poços de CaldasCXB - Caxambú

Linhas - Juiz de Fora

As linhas para Juiz de Fora com origem em Santos e São Paulo sempre pertenceram à Cometa, porém as linhas com origem em Piracicaba, Ribeirão Preto e Rio Preto vieram com a 1001 após a aquisição do grupo JCA. A linha São José do Rio Preto x Juiz de Fora também veio da 1001, que por sua vez adquiriu-a da Expresso Itamarati.


Viação Cometa: maior frota MBB do mundo e os GM's

No começo dos anos 2000, foi encontrado em Gravataí (RS), em um ferro velho, um legítimo GM PD-2903 estava disponível à venda. Tratava-se do antigo prefixo 12 da Expresso Brasileiro, que foi vendido junto com outros 3 carros para a Princesa dos Campos, no início dos anos 50. Existem dúvidas se a Caxiense também não recebeu esses carros - o detalhe interessante é que a pintura da Princesa dos Campos e da Caxiense eram iguais à pintura da Expresso Brasileiro). Segundo informações apuradas, o carro rodou até aproximadamente 1990, porém o câmbio e o motor já não eram mais originais, sendo substituídos por peças da Mercedes-Benz. Apesar de colecionador de raridades, devido ao estado do carro (além de ter se incendiado e bem enferrujado na traseira), não havia condições de restaurar. Os demais GM PD-2903 continuaram operando na Expresso Brasileiro até os anos 60, quando ela perdeu quase todas as suas linhas para a Viação Cometa, ficando apenas com a linha Rio x São Paulo. Por volta de 1965, esses carros foram vendidos para fretamento e já não existia mais nenhum GM na Expresso Brasileiro pois os GM PD-4101 (Lagartão), PD-4102 e GM PD-4103 (Imperial) foram comprados pela Cometa (na verdade, alguns foram vendidos e outros trocados pelos MBB O-321 Super B).


Marcopolo na Cometa

Assim que o grupo JCA comprou a Viação Cometa, a Marcopolo viu uma grande oportunidade de ganhar um bom cliente afinal era a própria Cometa que fazia suas carrocerias, através da CMA. Determinados à não perder o cliente, em 2002, a Marcopolo vendeu seus primeiros Marcopolo Paradiso G61200 pela quantia de R$ 90.000,00, valor 25% abaixo do normalmente praticado.

Fonte: Dr Lambros Katsonis

Mercedes-Benz de volta a frota

No dia 13 de dezembro de 2002, uma sexta-feira, começaram a operar os primeiros carros novos da Cometa pós-venda para o grupo JCA: Marcopolo Paradiso G61200 sobre chassis MBB O-500 R, vulgo "Joaninhas".

Houveram alguns incidentes com os MBB O-500 R, já que eram chassis sub-dimensionados para o perfil de operação da empresa, sendo que alguns chegaram à pegar fogo. Todos eles foram submetidos à quatro recalls: correia do alternador (pulava com frequência e foi substituída por uma mais justa), suporte do alternador (a correia mais justa do primeiro recall provocou a quebra do suporte), câmbio (um problema no sistema Easy-Shift fez com que as engrenagens triturassem no interior da caixa) e por fim turbina (para deixar de sobrecarregar o motor, assim os carros passaram a ter 305 cv).

Fonte: Ricardo Milani e Hélio Freitas

Rio x São Paulo

A Cometa deixou de operar a linha em julho de 2002 quando a Expresso do Sul, do mesmo grupo (JCA), assumiu a operação.

Fretamentos e a Linha 89?

Até a venda da empresa para o grupo JCA, a Viação Cometa não mantinha contratos de fretamentos regulares. Após a incorporação ao grupo JCA, a empresa assinou um contrato para fazer o fretamento dos funcionários da fábrica da Klabin (D.I). Essa linha era conhecida como "linha 89", pois "89" era a posição do destino no itinerário eletrônico da FRT.

Fonte: Wilson D. R. Miccoli

CMA Flecha Azul - Identificando

Do CMA Flecha Azul I para o modelo Flecha Azul II, a alteração mais significativa foi o tamanho do para-brisa que subiu alguns centímetros.

Pouco tempo depois, os Flecha Azul II passaram a ter 4 lanternas traseiras e luz de ré ao lado da placa.

Em 1993, a Cometa altera o projeto na série 67, ganhando 6 janelas altas apesar do modelo permanecer como Flecha Azul II.

Em 1994, entrou em cena a série 69, aonde as portas receberam um vidro na porta para auxiliar as manobras e diminuir o número de pequenas colisões frontais, além de receberem também rodas de alumínio (que foram testadas na série 65). Nesse mesmo ano, a Cometa "rebatizou" os CMAs Flecha Azul II. As séries 67 e 68 passaram à se chamar Flecha Azul III enquanto a série 69 e parte da série 70 viraram Flecha Azul IV.

Serviços disponíveis em 2007

No site da empresa, estavam disponíveis os serviços (usando a linha Belo Horizonte x São Paulo como referência):

CONV L:  mais barato, operado com carro de 46 lugares (CMA Flecha Azul com WC);

CONV: valor intermediário dos convencionais, operado com um carro de 40 lugares (Estrelões ou Paradiso G61200 trucados);

C. EXE: valor mais alto dos convencionais, operado com um carro de 40 lugares (Estrelões ou Paradiso G61200 trucados);

EXEC L: executivo operado por um carro de 40 lugares (Paradiso G61800 DD);

L.ESP: serviço leito operado com um carro de 6 lugares (Paradiso G61800 DD;

Apesar de terem sumido da linha Belo Horizonte x São Paulo, os Flechas retornaram ao serviço, operando horários fixos na rota (operando o serviço CONV L). Os clientes de Belo Horizonte estavam reclamando por não terem carros sem ar e usaram a justificativa da linha Belo Horizonte x Rio de Janeiro possuir Flechas Azuis sem ar em horários fixos.
Fonte: Thiago Barboza

Disposição de Poltronas

Flecha Azul - 46 lugares
Estrelões reformados - 34 ou 40 lugares
G6 trucados executivos - 40 lugares
G6 trucados double class - 35 lugares
G6 toco convencional s/wc - 46 lugares
G6 toco convencional c/wc - 42 lugares
G6 toco executivo - 36 lugares
Flecha Leito - 26 lugares
G6 Leito - 25 lugares
Senior - 25 lugares
DD - 40 lugares no deck superior e 6 lugares no deck inferior

Fonte: Fábio Barbano

DD: Numeração diferenciada

São 40 poltronas no deck superior dos DDs, numeradas de 07 a 46. A numeração das poltronas é a mais maluca possível, quem costuma comprar poltronas numa parte específica do ônibus (eu por exemplo prefiro as janelas do lado direito, para não ser acordado durante a madrugada nem ter os faróis dos veículos em sentido contrário na cara) precisa ter cuidado para não pedir a poltrona errada.

Num ônibus comum as poltronas 1, 5, 9, 13, 17, 21, 25, 29, 33, 37, 41 e 45 são as janelas do lado esquerdo e as poltronas 3, 7, 11, 15, 19, 23, 27, 31, 35, 39 e 43 são as janelas do lado direito.

Nos DDs essa lógica não vale: do lado esquerdo as janelas são 1 (leito), 4 (leito), 7, 11, 15, 19, 23, 27, 31, 35, 39, 43 e 45; do lado direito as janelas são 3 (leito), 6 (leito), 9, 13, 17, 21, 25, 29, 33, 37 e 41. São 9 filas de poltronas do lado direito e 11 do lado esquerdo no andar superior.

Ar Condicionado

Curiosamente, na SAO x BHZ o carro com ar era "ítem de série" e na SAO x CTB se você quisesse um carro com ar teria que pagar R$ 15,00 a mais? Talvez seja por isso que Cometa e Itapemirim ficaram tão desesperadas quando a Pluma anunciou que iria retomar a linha somente com carros com ar.

Fonte: Hélio Freitas

Prefixos pós-venda ao grupo JCA

Formato de Prefixação:
1o. digito: ano de fabricação;
2o. digito: chassis, sendo:
- 0: Mercedes-Benz com 4 eixos (DD);
- 1: Mercedes-Benz com 3 eixos (trucado);
- 2: Mercedes-Benz com 2 eixos (toco);
- 3: SCANIA com 4 eixos (DD);
- 4: SCANIA com 3 eixos (trucado);
- 5: SCANIA com 2 eixos (toco);
- 6: VOLVO com 4 eixos (DD);
- 7: VOLVO com 3 eixos (trucado);
- 8: VOLVO com 2 eixos (toco);

Fonte: Carlos Marland

- A série 32 são continuação do lote 22, ou seja, Mercedes-Benz O500-R, do ano de 2003;

- Os CMAs "Estrelões" re-encarroçados com carroceria Marcopolo Paradiso G61200 preservaram o prefixo original (série 76);

- Os dois IRIZAR Century (2700 e 2701) foram repassados para a Catarinense;

A famosa fumaça preta

Apesar de muitos acharem que se trata de um problema de regulagem, muitas vezes a fumaça preta é uma graça que o motorista dos CMA Flecha Azul fazem - é o freio-motor preso. Para descobrir se realmente é uma gracinha, basta ver se as luzes do freio se acendem.

Fonte: Wilson R. D. Miccoli

Irizar Century na Cometa?

Logo que assumiu a Viação Cometa, o grupo JCA adquiriu dois IRIZAR Century sobre chassis VOLVO B10R. Diferentemente do que muitos pensam, eles foram os únicos carros 0 km da nova gestão, até 2006, que durante sua permanência na empresa não deram nenhum problema mecânico. O único problema era a manutenção da carroceria, muito acima das outras marcas tradicionais como Marcopolo, BUSSCAR e até mesmo da CMA. Prefixados como 2700 e 2701, foram repassados para a Catarinense, aonde receberam os prefixos 2346 e 2347 respectivamente.

Fonte: Dr Lambros Katsonis

DD nos ares

Um Marcopolo Paradiso G61800 DD da Viação Cometa quase despencou da garagem de Belo Horizonte. O fato só não ocorreu porque o ônibus ficou apoiado em uma árvore. O motivo: falta de freios. O detalhe curioso é que esses carros, assim como os CMA Flecha Azul, só se deslocam depois do reservatório de ar atingir uma determinada pressão. No caso dos Flecha Azul, eles podem se deslocar com o marcador de ar (que vai de 0 à 10) no nível 4. O sistema apitará, mas mesmo assim, o carro se deslocará. Esse tipo de fato só passou a acontecer depois da venda da empresa e troca da equipe de manutenção.

Fontes: Dr Lambros Katsonis, Wilson R. D. Miccoli

Venda dos carros

Quando a Viação Cometa vendia seus CIFERAL Dinossauros e CMA Flecha Azul, ela trocava o camelo (corcova), ou simplesmente aplicava o curvo sobre o original, e alterava a posição da placa dianteira, colocando uma falsa entrada de ar entre os faróis. As exceções eram exclusivamente para os amigos da família Mascioli (proprietários da empresa), como por exemplo, a Empresa REX, que era do ex-proprietário da Catarinense.
Fonte: Dr Lambros Katsonis

Parceria com a Folha de São Paulo

No final de maio de 2006, o grupo JCA selou um acordo com a Folha de São Paulo para distribuir o jornal nos carros das empresas do grupo.

Partidas alternadas na Ribeirão Preto X São Paulo

Nessa rota, o grupo JCA opera concorrência branca com a Rápido Ribeirão Preto. Os carros da Rápido Ribeirão Preto saem em hora cheia (9h00, 10h00, 11h00 por exemplo) e os Cometas alternando (9h30, 10h30, 11h30 por exemplo). Dependendo da demanda, podem ser inseridos carros extras, aonde as empresas colocam vários carros em um espaço de tempo. Por exemplo, o Rápido Ribeirão Preto do horário sai às 20h00 mas pode haver um extra às 20h10 e outro às 20h15, sempre em horários próximos.

Fonte: Carlos Marland

Vidro inferior da porta dos CMA Flecha Azul

O vidro inferior da porta (dos CMA Flecha Azul) foi colocado para evitar as frequentes colisões naquele ponto. Após a venda da Viação Cometa para o grupo JCA, e com a consequente alteração de layout de pintura, obstruiu-se a visão do motorista, colocando o adesivo sobre o vidro.

Detalhe: depois que a Cometa colocou esse vidro na porta, reduziu-se em mais de 90% as colisões da extremidade dianteira direita. Na época dos CIFERAL Dinossauros, era muito comum baterem com a dobradiça da porta, pois ela era saliente.

Fonte: Dr Lambros Katsonis

Placas

Todos os CMAs Flecha Azul da empresa tiveram os números das placas iguais aos do prefixo, desde a primeira série (51). As exceções foram raras, mas de alguma forma era possível sua identificação, como por exemplo o carro 6300 que tinha placas com numeração 0036.

Fonte: Dr Lambros Katsonis

Pintura de Fretamento

Na metade de 2006, a Viação Cometa instituiu a pintura de fretamento, seguindo exigência da ARTESP, orgão regulador do transporte interurbano no Estado de São Paulo. Além da alteração da pintura, os carros destinados ao serviço de fretamento operam com prefixos iniciados com o número 1. Alguns CMAs Flecha Azul foram remanejados para o serviço, como por exemplo o carro 7325 que passou a ser o 1235.

CMA

CMA significa Companhia Manufatureira Auxiliar, uma subsidiária da Viação Cometa, criada para suceder a CIFERAL na construção dos ônibus da empresa. A empresa tinha um modo de produção diferente das encarroçadoras tradicionais. Ao invés de uma linha de montagem (aonde o veículo rodava pela área de produção), os insumos que iam até o veículo.

Couro

O famoso couro que revestia as poltronas podia ser encontrado na própria CMA (Maio de 2006) pelo valor de R$ 45,00/m². Era necessária uma manta de 4,5 metros de comprimento para revestir a poltrona única do leito.

Todos os Flechas Azuis sempre tiveram suas poltronas em couro. A diferença é que as poltronas 100% vermelhas eram 100% em couro. A partir da série 67 foi instituída uma nova poltrona com couro corrugado na área de contato e a traseira cinza, esta em courvin. O Papo Amarelo, Flecha de Prata, Jumbo B, Turbo Jumbo, Jumbo G, Jumbo C, e parte do Dinossauro eram em courvin vermelho. Parte do Dinossauro e todos os Dinossauros II eram em courvin florido.

Poltronas

As poltronas com o logo da CMA são as Teperman (como as outras), mas com sistema de reclinação por cremalheira - são consideradas as melhores, sem dúvidas, pois apesar de barulhentas, desreclinam na hora, ao contrário dos mais novos (7119 pra cima), que são com molas à gás (com amortecedores pneumáticos similares aos das tampas de bagageiros).  Detalhe interessante é que os modelos com pistão à gás eram substituídas quando davam problema devido ao seu alto custo - fato que acontece também com os monoblocos MBB O-371 e MBB O400, que usam poltronas iguais (os modelos equipados com poltronas de braços móveis) pois eram fabricadas também pela Teperman, que em 1996, foi assumida pela empresa Grammer, tornando-se Grammer-Teperman.

Fonte: Wilson Miccoli

Flechas Originais

Os Flechas da série 70 viajavam sem a propaganda de encosto da Folha de São Paulo e também não possuíam as instruções de emergência comuns aos Flechas mais novos.

Fonte: Wilson Miccoli

Carros com WC

Nos idos de 2003, quando colocaram carros com banheiro na linha Santos x Campinas, eliminaram a parada. Entretanto, mesmo com o banheiro, os passageiros reclamaram e a Cometa teve que re-incluir a parada no Graal da avenida dos Bandeirantes, em São Paulo. (fonte: Alexandre de Souza Amaral). De qualquer maneira, as linhas longas sempre ofereceram sanitário e a cabeceira nas poltronas. A Cometa atualmente oferece carros com WC nas linhas curtas devido a desorganização da empresa pós-venda para o grupo JCA, mas as linhas de Sorocaba (São Roque e Itapetininga também), Campinas e Jundiaí, sempre foram feitas por carros sem banheiro. Inclusive, em Sorocaba, até a série 64 e 65, os carros não tinham as poltronas em couro - que só eram usadas nos carros com banheiro; somente no lote de carros de 7211 a 7302, que completou 10 anos em agosto de 2007 é que o courvim deu a vez ao couro. (fonte: Paulo RM)

Dinossauros da Cometa

A CIFERAL desenvolveu uma versão exclusiva para a Cometa, com o chapeamento lateral estriado, e essa característica era mantida na hora da venda do carro. A Cometa fazia algumas modificações na hora da revenda: retirava a moldura da placa dianteira (colocando uma grade no lugar) e fechava o degrau do teto (colocando um teto curvo), além de retirar o "COMETA" em alto-relevo abaixo do para-brisa. Já os Dinossauro vendidos 0 km pela CIFERAL para outras empresas além da ausência dessas características, tinham chapeamento liso. Dois exemplos de "Dinos" famosos com chapeamento liso são o "Camilossauro" (Dinossauro Tribus) da Itapemirim e o "Solnave" da Soletur.

Fonte: Hélio Freitas

CMA Flecha Azul - Protótipo

O primeiro protótipo dos Flechas era muito mais bonito em relação ao CMA Flecha Azul 5100, pois tinha uma saia aerodinâmica abaixo do pára-choque dianteiro. Mas o Arthur optou pelo bom senso, uma vez que ao passar por uma valeta o risco de quebra seria muito grande.

Os primeiros CMA divulgados tinham a faixa azul inferior mais escura. Mas nem chegaram a rodar pois davam uma característica mais pesada ao veículo. Com certeza a primeira série - "51" FLECHA AZUL - operou a linha São Paulo x Curitiba e a segunda e terceira "52 e 53" FLECHA AZUL AUTOMÁTICO - a linha São Paulo x Rio. A 51 e 52 eram BR-116 e a 53 K-112. Contudo, os veículos terminados em 00 podem ser diferentes, como o 5500, que está em poder do Dr. Arthur Mascioli e "fala" ao ser ligado!

Carro 2014

Conhecido como "JUMBO C", era um CIFERAL Líder com chassis SCANIA importado, filho único na empresa. Foi dirigido apenas pelo Sr. Amaragy, motorista fixo dessa raridade.

Fonte: Fabrízio Paes Martins Silva

Carro 5100

O primeiro CMA e durante algum tempo fez a linha Rio x São Paulo. Chamava a atenção devido a posição do volante (inclinado), novidade na época. Seu chassis, SCANIA K112 experimental, só seria oficializado na série 53 (de carros automáticos). Os Dinossauros e Flechas Azuis subsequentes tinham o volante de dois raios quase deitado, característico no chassis BR-116 enquanto o carro 5100 vinha com o volante diferente e inclinado, além de um cubo muito alto. Seu painel também era diferente dos outros carros.

Fonte: Paulo Roberto S. Nunes

CMA Flecha Azul sem grade traseira?

Na tentativa de reduzir o nível de ruído, a CMA testou (com os carros 6940 e 7035) o fechamento das grades de ventilação (na tampa do motor e na lateral traseira direita). O resultado foi razoável mas esteticamente os carros ficaram horríveis e a empresa engavetou a idéia por alguns anos. Depois desses dois carros, essa experiência só voltou a ser repetida no 7500, pois o chassi SCANIA K-124 IB não precisava mais das aberturas para ventilação na traseira. Desse modelo em diante, todos os carros da CMA vieram sem grades na traseira.

Fonte: Hélio Freitas

Carro 7073

Em 2007, esse carro ainda ostentava a pintura original porém com a logomarca nova da Cometa. Este carro sofreu uma colisão fronta, por volta de 2004, e estava sendo preparado para a venda. Como faltou carro para rodar na época da alta temporada, pintaram a fibra (abaixo do pára-brisa) lixada e aplicaram o adesivo. O que era para ser um quebra galho acabou continuando a operar, principalmente na linha Rio x Belo Horizonte. Quem observasse bem o carro verificaria que ele não tinha mais a faixa reflexiva abaixo do pára-choque, o que é característico dos carros que já bateram de frente.

Fonte: Dr Lambros Katsonis


CMA Flecha Azul vendidos para a Penha

Em (ANO?), a Penha comprou alguns carros da série 68 da Cometa e mais o 7058 (que estava arrebentado no fundo da garagem da Viação Cometa - GNR), com o objetivo de re-encarroçá-los. Naquele momento, até os Tecnobus Tribus II sobre chassis SCANIA K-112 CL estavam sendo re-encarroçados. No caso do 7058, a Penha desmontou o que tinha sobrado da carroceria Flecha Azul, recuperou o chassis (e no processo de recuperação, instalou o terceiro eixo) e mandou-o para a Marcopolo encarroçar Paradisos G61200 sobre eles. Detectá-los é bem simples pois as placas entregam, como EVC-7058, caso do ex-7058 da Cometa que se transformou no prefixo 35027 da Penha.

Fonte: Hélio Freitas

Carro 7100

Este carro chegou à pertencer ao acervo pessoal do Sr. Arthur Mascioli porém foi vendido para a empresa Elisfatur. Com a venda, o acervo do empresário não conta com mais nenhum Flecha Azul V.

Fonte: Randel Vieira Araujo

Carro 7131

Ficou apreendido em Foz do Iguaçu-PR por um bom tempo por transportar passageiros de Sorocaba, acusados de descaminho.

Carros 7500 e 7501

Ambos, foram carros de teste da SCANIA. O carro 7500 (de 360 cavalos com bomba injetora) operou fixo nos últimos anos na linha São Paulo x São José do Rio Preto. O carro 7501 (com injeção eletrônica) operou fixo nos últimos anos na linha São Paulo x Curitiba. Com 420 cavalos, o 7501 foi considerado o ônibus mais rápido do Brasil, pois além do potente motor SCANIA, a carroceria de duraluminio era 6 toneladas mais leve que outras carrocerias rodoviárias. Segundo funcionários, o 7501 seria o carro mais econômico da empresa, chegando à atingir uma média de 5 km/l. Já o 7500 teria uma média de consumo igual aos SCANIA K-113 (o carro comparado foi o 7301), atingindo 3 km/l.

Fonte: Fabrízio Paes Martins Silva

Carro 9002

Acidentado (apesar de não ter sido amplamente divulgado), foi reformado e voltou à operação pela Expresso do Sul.

Fonte: Gustavo Dálcomo

Carro 9005

Único carro do lote de CMAs Flecha Azul que nunca bateu a dianteira.

Carro 9013

Foi o primeiro do lote de CMAs Flecha Azul leito à ser vendido, ainda em 2002, criando inclusive um desfalque nos leitos por um bom período - até a chegada dos seis leitos com carroceria Marcopolo Paradiso G61200 e chassis SCANIA (4x2 de 14 metros), carros de prefixo 3560 à 3565.

Fonte: Wilson R. D. Miccoli

Carro 6898


Marcopolo Paradiso G61200 sobre SCANIA K-340, rodou por um período de testes na empresa, fixo na linha São Paulo x Araraquara. Curiosamente, a carroceria, apesar de nova, apresentava vários amassados (como se fossem tiros de revólver)~.

Carro 6700


Marcopolo Paradiso G61200 sobre chassis VOLVO B12R, rodou em testes para treinamento dos motoristas e funcionou também como laboratório para a VOLVO. Rodava determinada quilometragem e os demais VOLVOs ficaram na encarroçadora para receberam ajustes que o carro teste recebeu, antes de serem entregues - política da VOLVO


Fonte: Wilson R. D. Miccoli

Divisão dos leitos da série 90


Flecha VI Leito: 9000 a 9009 (10 carros)
Flecha VI B Leito: 9010 a 9025 (16 carros)
Do 9026 para frente não existem carros.


Breda a serviço da Cometa


Em janeiro de 2007, a Breda foi contratada pela Viação Cometa para cobrir linhas da Baixada Santista para São José do Rio Preto. A Breda escalou inclusive um Marcopolo Paradiso G61800 DD ex-Piracicabana, com logomarca da Breda, à serviço da Cometa.

Fonte: Luciano Roncolato

Rio x Belo Horizonte


Nos idos dos anos 80, a Cometa sempre deixava os carros mais velhos da frota operaram esse trecho. Quando renovaram a frota, colocaram os Flechas da série 55 (a série de carros com o vidro alto) para mudar um pouco a imagem no trecho. A cena era inusitada: às 6h00 da manhã, os Dinossauros antigos, novos, os Flechas Azuis automáticos e os novíssimos na linha de Belo Horizonte, todos juntos ao mesmo tempo, tomando toda a parte de desembarque da rodoviária. 


Fonte: Paulo Roberto S. Nunes

Carro 7100


Havia um grande mistério sobre o paradeiro do carro 7100 - boatos diziam que ele tinha sido separado e encaminhado para o museu particular do Dr. Arthur Mascioli, ex-proprietário da empresa. Em dezembro de 2006 o mistério teve fim: o CMA Flecha Azul prefixo 7100 foi visto na região da Barra Funda, pintado nas cores da empresa Elisfatur, com o prefixo 1270.

Carro 7184


Este carro originalmente tinha a pintura como todos os demais Flechas Azuis. Depois da venda da empresa para o grupo JCA, tentaram fazer uma pequena diferenciação de pintura para que ele fosse usado como carro de fretamento porém, a mesma não foi aceita por ser muito parecida com a pintura original e dificultar os fiscais.

CMAs a venda no pátio da Dutra


Os amantes da empresa que passavam pela Dutra sempre estranhavam o fato dos carros à venda seguirem um ritual diário: todo dia pela manhã, os carros deixavam a garagem central rumo para o pátio da Dutra, retornando ao final do dia. Isso acontecia porque a região do pátio é característica por atos de vandalismo, principalmente por alguns moradores da favela que fica logo atrás da Cometa. É comum ver os moradores atirando objetos contra o telhado e contra carros da NovaDutra.

Mulheres no volante


As duas primeiras motoristas da Cometa já não faziam mais parte da empresa em 2006. A primeira saiu da empresa pois passou a trabalhar por conta - comprou uma van escolar. A segunda foi demitida da empresa por ter batido em sete carros ao lado da rodoviário de Campinas por falta de freios. 


Fonte: Dr Lambros Katsonis

Série 900 e 1000


CIFERAL Flecha de Prata, porém existiram Papos Amarelos com silverside tipo Flecha de Prata (o carro 1078 por exemplo) bem como existiram carrocerias mais modernas como Flecha de Prata com a pintura de Papo Amarelo (o carro 968 por exemplo). (fonte: Charles Machado)

Estrelão


Comprados para operar nas linhas São Paulo x Franca, São Paulo x Ribeirão Preto, Campinas x Ribeirão Preto, São Paulo x Araraquara, São Paulo x Belo Horizonte, Sorocaba x Belo Horizonte e São Paulo x Rio de Janeiro.
Na época da São Paulo x Rio de Janeiro, eles seguiam pela Rodovia Carvalho Pinto até Taubaté. Nesse momento, co-existiram com os Flecha Azul VII. Os clientes que preferiam carro com ar-condicionado viajavam nos horários pré-determinados com os "Estrelões", os demais nos Flechas, apesar da tarifa ser a mesma.

Com a venda da empresa, o grupo JCA reformou o interior dos carros, adotando poltronas da Marcopolo. O grande problema destas poltronas reside no fato do apoio das pernas sair de um ponto muito alto, o que a torna ergonomicamente um desastre para quem tem mais de 1,75m de altura pois as pernas ficam muito fletidas, resultando em um cansaço absurdo em pouco tempo de viagem. Apesar do número reduzido de poltronas, são mais desconfortáveis do que a configuração original do carro com 46 lugares sem o apoio das pernas.

O apelido "Estrelão", usado para denominar os últimos carros projetados e construídos pela CMA, surgiu do gerente de tráfego pós-venda para o grupo JCA, em função do Cometa estilizado nas laterais. Na plaqueta de identificação do carro, consta modelo CMA COMETA. Além disso, Cometa não é uma estrela, mas sim um astro.

Na CIFERAL, o "Papo Amarelo" assim como o "Flecha de Prata", não tinham nomes oficiais segundo o Engenheiro Amilcar da CMA.Lá, o nome de batismo começou com o Líder 2001, que na Cometa recebeu apelidos como "Jumbo B", "Turbo Jumbo", "Jumbo C" e "Jumbo G".

Na Cometa, desde o início dos anos 50 existiram nomes de batismo que eram grafados nas laterais, como "Morubixaba", "Super B", "Senemby", "Flecha Azul", "Flecha de Prata", "Dinossauro", "Dinossauro II", etc.

Fonte: Dr Lambros Katsonis

GM PD-4104


A Viação Cometa encomendou 30 GMs PD-4104 para operarem na rota Rio x São Paulo. Batizados como "Morubixaba", que significava cacique ou chefe dos índios, a lotação dos carros era de 34 lugares com WC. Em sua versão original, sem WC, eram 37 lugares. A GM vendia 2 versões, uma com 41 lugares e outra com 37 lugares. A Cometa preferiu a segunda opção pois a empresa queria oferecer maior conforto aos seus passageiros.


Fonte: Dr Lambros Katsonis

O fim dos Flecha Azul originais


No dia 4 de julho de 2008, a empresa deu fim à operação dos CMA Flecha Azul originais.


E essas foram as curiosidades da Viação Cometa, espero que vocês tenham gostado.

Fonte: Site enciclopediabus


Em tempo: Tinha mais fotos para rechear esse post, mas toda vez ficava dando erro, então já ando puto com muita coisa e o post ficará assim mesmo com a imagem de topo que deu para colocar, pois já tô cansado e estressado demais e não to a fim de perder tempo brigando com formatação, quem sabe, mais tarde arranjo o writter (ou não). Ahhhh, tinha que desabafar, até os posts dos dois últimos dias foram obtidos com parceiros devido minha falta de tempo, e sem cabeça pra elaborar textos (sem falar que foram postados a noite). Também não quero deixar aqui sem conteúdo, mas ainda escolho a dedo. Mas se acalmem povo, tem muito grupinho de bozologo e outras organizações para ouvir umas verdades e tratarei disso, como sempre. Ácido e tocando nas feridas, e mostrando a verdade, como todos gostam (e tem o pleno direito) de saber.

5 comentários:

Unknown disse...

Boa tarde.

Vc sabe se e permitida a visita ao acervo do Dr Arthur.

Se sim pode responder no meu email, josevaldemar.vagli@gmail.com.

†R3J3!74D0 P3LO D!4BO_FLN† disse...

Parabéns pelo seu trabalho, magnifico. Eu tbem adoro história sobre os ônibus e empresas e em especial a Cometa e principalmente a Expresso Brasileiro mas com certeza vc é o #1.Se vc ter curiosidades da Expresso Brasileiro não se acanhe em postar rsrs.Abraços Luciano.
minholjr@hotmail.com

Fernando disse...

O Gaivota que pertence ao Dr. Arthur nunca pertenceu a Única, ele foi da AVA Auto Viação Americana e posteriormente vendido a Águia Tour TUCA de Campinas

Joaquim Mamede disse...

Boa noite, por acaso saiu algum Flecha sem ser os leitos cabinado? Obrigado.

Luciano disse...

Alguém recorda de um acidente em barra do pirai ou barra mansa na represa do vigário acho que em 1985 ou 1986 na via dutra ?