quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Análise sobre o trolébus

Caio Millenium BRT Trólebus: A última palavra em termos de modernidade associada ao Trolébus, alguns utilizam a marcha autônoma, que é um motor que ajuda em caso de queda de energia

Olá pessoal,
Hoje no quadro Curiosidades e Quadro técnico, vamos analisar o sistema de ônibus elétrico, conhecido como trólebus.

Sobre


Contato elétrico da catenária e a alavanca de um trólebus.

Trólebus, ônibus elétrico (português brasileiro) ou troleicarro, trólei (português europeu) é um ônibus (autocarro) movido a eletricidade[1] exógena, tipicamente transmitida por cabo aéreo suspenso sobre o seu trajeto (catenária).

Trólebus checo (Ostrava), em 2011.

É similar aos ônibus convencionais, roda por meio de pneus de borracha sobre pavimento rodoviário normal, e não por meio de rodas metálicas sobre trilhos, como o fazem a maioria dos veículos elétricos (como trens ou bondes). A energia chega aos veículos através de hastes (denominadas tecnicamente como alavancas (português brasileiro) ou varas (português europeu) ou pelo anglicismo trolley pole), que ficam sobre a carroceria, em permanente contato com a fiação específica que acompanha o percurso (esta é diferente da dos bondes, conduzindo carga em dois fios). Os trólebus têm parte de sua estrutura elétrica baseada nos bondes que nos Estados Unidos são conhecidos como trolleys, daí o nome trólebus.

História

Trólebus e bonde, cruzando-se em Bremen, 1911.

Com a grande demanda de veículos automotores chegando às ruas, os bondes, por andarem em trilhos, se tornavam um transtorno nas cidades. Com isso, aproveitando a parte aérea da estrutura dos bondes, foram criados os trólebus. Em vez de buscar energia na rede composto por um fio e devolver pelos trilhos como os bondes fazem, os trólebus buscam a energia por um fio e devolvem por outro que corre paralelo, através das alavancas em cima dos veículos. Com isso os trólebus poderiam ultrapassar os carros e encostar nas calçadas, coisa que os bondes não poderiam fazer.

Trólebus britânico (Cardiff) em 1969.

Os trólebus circulam em muitas cidades ao redor do mundo, como Nova Iorque, Buenos Aires, Londres (que inclusive possuiu trólebus de dois andares) e Coimbra.

No Brasil


Trólebus piso baixo em São Paulo: Busscar Urbanuss Pluss LF

No Brasil os trólebus surgiram em 1949 na cidade de São Paulo. Vários sistemas seriam criados entre os anos 1950 e 1960 como os do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Niterói, Porto Alegre, Salvador, Campos dos Goytacazes, Fortaleza entre outros, sendo a maioria destes extintos até o início da década de 1970. Restariam, daquela época, apenas os sistemas de São Paulo, Recife, Santos e São Bernardo do Campo.

A demanda por esse tipo de veículo despertou o interesse de empresas nacionais em produzirem trólebus localmente. O primeiro protótipo brasileiro, com um índice de nacionalização de 85% do custo, foi construído pela Villares em 1958 e entregue à CMTC, recebendo o prefixo 6007. Outras empresas posteriormente acompanharam a iniciativa, dentre as quais a Massari e Mafersa. A própria CMTC encarregou-se de reformar alguns veículos no final dos anos 1960.

Nos anos 1980 os trólebus ganhariam novo fôlego no Brasil, através de um programa criado pela estatal Empresa Brasileira de Transportes Urbanos – EBTU, em conjunto com o Ministério dos Transportes e o BNDE (atual BNDES). Surgiriam os sistemas de Ribeirão Preto e de Rio Claro, além do Corredor Metropolitano São Mateus - Jabaquara, da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo na Região Metropolitana de São Paulo. Os remanescentes de outras épocas receberam investimentos para renovação e reforma da estrutura elétrica, além da compra de novos veículos e até mesmo a pavimentação de ruas e avenidas por onde os trólebus circulariam.

Todavia, desde o início dos anos 1990, influenciados pelos novos tempos da política que exigem a chamada "redução do tamanho do Estado" através de privatizações, esses veículos foram gradativamente sendo deixados de lado e desativados no Brasil, dada a falta de interesse dos empresários de ônibus nacionais. Foram extintos os sistemas de Rio Claro em 1993, Ribeirão Preto em 1999, Araraquara em 2000 e o de Recife em 2001. Santos sofreria uma redução drástica entre os anos de 1993 e 1996, com a retirada de mais de 50 carros de circulação e a manutenção de apenas uma, das sete linhas antes existentes. O sistema foi privatizado a partir de julho de 1994, atualmente, apenas seis carros circulam no sistema municipal daquela cidade em uma linha, a 20, ligando o Centro ao Gonzaga. Há planos de se criar uma linha turística de trólebus na cidade. Por outro lado, foi solicitado o tombamento do sistema de trólebus de Santos, em tramitação.


Santos

Um veículo Mafersa em operação (linha 20), em 2005.

O sistema de Trólebus de Santos foi inagurado em 12 de Agosto de 1963, e mantém-se em operação nos dias de hoje, circulando apenas uma linha, de 11 que jamais existiram. Foi privatizado em 1998 e o seu tombamento solicitado em 2006

Cidade de São Paulo

Trólebus Marcopolo Torino GV articulado na Praça da Sé, centro de São Paulo.

O Sistema Municipal de Trólebus de São Paulo é o mais antigo desta categoria de veículos no Brasil, tendo sido inaugurado em 1949. Atualmente é o maior em atividade no Brasil e em todo o Hemisfério Sul, operando atualmente com 200 veículos em 13 linhas (sendo duas temporariamente suspensas), todas elas operadas pela Ambiental Transportes Urbanos Ltda e gerenciadas pela São Paulo Transporte S.A..

Corredor ABD

Trólebus articulado da Metra: Marcopolo Torino GV .

O sistema do corredor da EMTU-SP (São Mateus – Ferrazópolis – Piraporinha, no Estado de São Paulo), depois da privatização feita em 1997, permanece operando com cerca de 80 veículos, sendo que a maior parte do trajeto é feito em via segregada do restante do trânsito das ruas e avenidas por onde passa (o que se constitui como uma excelente vantagem para a sua operação).

Porém, os trólebus não operam em todo o corredor. O trajeto entre o Terminal Piraporinha, em Diadema, e o Terminal Jabaquara, em São Paulo, já foi eletrificado porém ainda não opera com trólebus. Encontra-se em fase de licitação as obras para eletrificação do novo trecho do corredor, a ser inaugurado em entre Diadema e o Shopping Morumbi, sem data prevista.

A concessionária Metra adquiriu, em julho de 2006, 24 veículos que estavam encostados no sistema municipal de São Paulo, restaurando-os e colocando-os em circulação novamente.

Em Portugal

Veículo 75, um Trolino (Isso mesmo, não é Torino e sim Trolino) Solaris, servindo a carreira 4 dos SMTUC (Coimbra).

Coimbra: A única cidade portuguesa equipada actualmente com trólebus é Coimbra, mas num regime reduzido comparado com épocas anteriores.

Veículo 171=55, servindo a carreira 70 dos SMTUC (Coimbra).

Braga: Em Braga circularam tróleis desde 1961 até finais da década de 1970.

Porto: No Porto circularam 15 carreiras de trólei, de Janeiro de 1959 a Dezembro de 1997.

Vantagens e Desvantagens

Vantagens


  • Maior potência nas subidas.
  • Trata-se de um veículo mais silencioso que os convencionais.
  • Não polui o meio ambiente, pois não solta as partículas e gases que provêm de motores a explosão.
  • É mais confortável para passageiros e motoristas, já que não possui câmbio de troca de marchas (evitando os solavancos típicos desse processo) e motor frontal que gera calor.

Marcopolo Torino GV: Trólebus do sistema municipal da Cidade de São Paulo na Avenida Paes de Barros, Mooca.

Desvantagens


  • Sua fiação degrada o ambiente visual.
  • Depende da existência de fiação (rede aérea) para se locomover.
  • Não podem ultrapassar outros trólebus que estiverem à sua frente.
  • Possibilidade de queda das alavancas de contato com a rede aérea, interrompendo a circulação do veículo até à sua reposição.

Trólebus bi-articulado (4 eixos, 3 segmentos) em Zurique. Note-se à esquerda como se cruza com uma linha de bonde.

Algumas de suas desvantagens foram solucionadas ou minimizadas, como ocorreu após o desenvolvimento de uma marcha autônoma que, quando ocorre queda da energia, o motor continua funcionando em sistema híbrido ou possui um segundo motor a diesel. A fiação pode ser melhorada com sistema flexível, que minimiza ou até mesmo impede a queda da alavanca do veículo. O visual da fiação poderá melhorar com a instalação de postes arquitetônicos.

Fonte: Wikipédia (Ressaltando que por ser uma página de textos alterável por qualquer pessoa, não se garante total autenticidade dos fatos no texto publicado)



2 comentários:

Busão de Natal disse...

Matéria incrível cara. Meus parabéns!

Mauricio Borges disse...

ótima materia! Mas fazendo uma retificação, o Corredor ABD, já opera com trólebus(exceto o corredor Diadema-Brooklin), e isso aconteceu em meados de 2011.